quarta-feira, 10 de março de 2010

A arte de contar histórias

I. HISTÓRIA É...

* Um fato sucedido que esclarece verdades espirituais.

* A narração de acontecimentos, ações, fatos ou particularidades relativas a um determinado assunto, geralmente em ordem cronológica.

* É através de uma história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras... É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Direito, Política, Sociologia, Antropologia, etc.

II. POR QUE CONTAR HISTÓRIAS ? (Mc. 10:14)

* Porque é uma das formas mais antigas de ensinar, de transmitir conhecimentos.

* Auxilia a criança salva no seu crescimento espiritual e a desperta para o serviço na casa de Deus. Leva a criança não-salva à salvação.

* Mantêm o interesse da criança.

* É facilmente lembrada e guardada na memória.

* Sugere normas de comportamento. Leva a criança a querer imitar o personagem “bom” da história.

* Ensina verdades bíblicas de forma interessante.

* Desperta na criança atitudes corretas em relação a Deus e ao próximo, tocando seu coração, fonte das ações.

* Estimula a leitura bíblica.

* Desenvolve o senso crítico da criança, levando-a a pensar, duvidar, se perguntar, questionar.

* É ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes, como tristeza, raiva, medo, alegria, compaixão, impotência, insegurança e tantas outras mais, e viver profundamente isto tudo que as narrativas provocam.

Através de uma história, contada com arte, podemos proporcionar à criança educação, instrução e distração. É possível estimular o desenvolvimento da atenção, memória, imaginação, linguagem, hábitos saudáveis; ampliar o horizonte das idéias e do conhecimento.

Contar histórias, não apenas bíblicas, mas que tenham um caráter de moral, também é interessante, porém, devemos salientar o ensino bíblico, isto é, a aplicação deve ter o enfoque bíblico e, sobretudo, a Bíblia deve ser lida para enfatizar este ensino.

III. MAS... EU NÃO SEI CONTAR HISTÓRIAS !!!

* Ore (Tg. 1:5-6)

* Imite o maior contador de histórias - JESUS (Lc. 8:4-18; 10:30-37; 11:5-8, 33-36; 12:35-48; 15; 16:1-13, etc.

* Observe dois princípios básicos para ampliar a eficácia em contar histórias: a preparação e a apresentação. Para se preparar para contar uma história devemos seguir dois passos: 1º - a história tem que tocar o seu coração, tem que ser real para você, só assim fará sentido. Você não pode ensinar se não crê naquilo que ensina. 2º - certifique-se de que conhece o lugar, a época, o modo de vida das pessoas e o contexto onde a história se passa. Para a apresentação, observe os próximos itens, lembrando que a expressão facial poderá, algumas vezes, falar mais que algumas palavras.

* Transmita de maneira clara e devagar, dê tempo para a imaginação da criança. Quem conta histórias têm que criar o clima de envolvimento, de encanto... saber dar pausas... o tempo para o imaginário de cada criança construir seu cenário.

* Fale de maneira concreta (lembre-se que as crianças pensam de maneira concreta). O vocabulário da história precisa ser adaptado à faixa etária dos alunos.

* Estude bem a história: leia em voz alta, memorize a seqüência lógica e ensaie antes de contá-la.

* Viva a história, através da expressão facial e impostação de voz. Varie o tom e a velocidade no falar. Com estas simples mudanças, muda-se a cena e cria-se um clima de expectativa; representa-se diferentes personagens, etc.

* Conte com encanto e prazer; jamais mecanicamente.

* Utilize gestos que auxiliem sua narração, mas sem exageros.

* Ame seus ouvintes, olhe nos olhos das crianças e não por cima de suas cabeças, e desperte o interesse individual chamando-as pelos seus nomes.

* Se esquecer de alguma parte da história, vá adiante, NÃO volte atrás.

* Aguarde o silêncio antes de começar.

* Não chame atenção para si mesmo.

* Não abuse das gírias.

Obs.: “Como toda arte, a de contar histórias também possui segredos e técnicas e precisa naturalmente de certa tendência inata, mas pode ser desenvolvida, cultivada, desde que se goste de crianças e se reconheça a importância da história para elas.” (Leila Andrade)

IV. E O TEMPO DA HISTÓRIA ?

* Observe seu tempo disponível, o tamanho da história e a idade das crianças. (O tempo gasto na história, deve ser de acordo com a idade da criança, se você passar do tempo adequado, elas perderão o interesse.)

* 3 - 4 anos: seja breve, de 5 - 10 min.

* 5 - 8 anos: 10 - 15 min.

* 10 - 12 anos: 15 - 20 min.

V. OS “TEMPEROS” DE UMA BOA HISTÓRIA:

1. O começo:

* Capture a atenção com a primeira frase.

* Deve ser breve, promissor e vivo. Pode-se utilizar uma pergunta, ilustração, um objeto (que não seja extravagante), recordar a lição anterior, dramatizar ou entrar diretamente na história.

* NUNCA comece: “Hoje vou contar...” ou “Era uma vez...”.

2. Andamento ou enredo:

* Estabeleça os pontos principais em ordem lógica (Prepare o que vai dizer com antecedência. Tenha toda a história já pronta na sua mente, todo o desenrolar dos fatos, para que ela vá fluindo naturalmente)

3. Clímax:

* Determine e enfatize o ponto alto e mais interessante da história. Geralmente é a parte do suspense. No clímax você pode usar vários recursos: falar mais baixo ou mais alto, mais pausadamente, provocar suspense ou indignação. Obs.: nem todas as histórias têm um clímax marcante.

4. Desfecho ou conclusão:

* Deve ser curto e breve.

* Utilize para aplicar a lição da história, e/ou fazer apelo, ou algum desafio.

Obs.: “Transmitir uma história não é tarefa simples, pois não basta apenas “dizer” uma história, é preciso “contá-la” e isso requer uma certa técnica. Um bom contador de histórias, é capaz de transportar os seus ouvintes para as mais diferentes e distantes realidades, sejam elas culturais, sociais, raciais, geográficas, etc. Com a sua narração ele deve instruir, comover e agradar, para que o ensino fique gravado na memória e com o passar do tempo não se apague.”


“ Para ser um bom contador de histórias, antes de tudo, dependa do Espírito Santo!” Dulcinéa de Santana (missionária)

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